"Os livros gostam de ser amados,
de ser lidos e lembrados
e de crescer com os meninos
com que foram embalados.
Os livros têm um sonho:

o de ver outros livros nascer
para que a paixão da leitura
não possa nunca morrer."

José Jorge Letria

quarta-feira, 23 de junho de 2010

A Fada Oriana - Sophia de Mello Breyner Andresen

  Esta foi a obra literária que os alunos do 3º ano ficaram a conhecer neste último período.
  Após a leitura e exploração da obra, na íntegra, a turma do 3º Ano elaborou um livrinho com os resumos dos capítulos e respectivas ilustrações.
  Aqui está o resultado desta actividade.



  Também queres conhecer esta lindíssima história?
  Aqui fica um breve resumo.
  Mas logo que tenhas oportunidade requisita este livro e lê-o, com certeza que vais gostar.

  Oriana é uma fada. Uma fada boa. Uma fada boa com asas e varinha de condão. Também há fadas más. E uma fada boa também pode tornar-se má. Nem que seja só por algum tempo. Foi o que aconteceu a Oriana.
  A vida de Oriana era como deve ser: livre e feliz. Ela era obediente e prometeu à rainha das fadas que seria a guardiã da floresta e de todos os seus habitantes. E com o seu poder de fada boa despertava tudo que a rodeava. A vida na floresta era um despertar luminoso de cores, sons e movimento. E de magia. A magia da sua varinha de condão e do seu voo alado. O sopro do encantamento.
  Nem todos na floresta viam Oriana, mas a sua presença era-lhes vital. Que seria desses seres sem esse sopro?! A sua vida dependia dela.
  Mas, um dia, Oriana viu-se reflectida no rio. E descobriu como era bela! Começou então a apaixonar-se pela sua própria beleza. Cada vez se apaixonava mais e mais por si própria passando agora o tempo a admirar-se na água do rio, enfeitando-se de mil maneiras. E foi assim que a floresta e os outros seres de quem era guardiã foram deixados no esquecimento. A sua promessa de nunca os abandonar tinha sido quebrada. A floresta ficou perdida no vazio do desencantamento. Os sons jubilosos e as matizes que pintavam os dias desvaneciam-se numa tela negra.
  A vaidade de Oriana trouxe-lhe grandes castigos. A rainha das fadas tirou-lhe as suas asas e a varinha de condão. E foi assim que Oriana perdeu todo o seu poder e magia. Embora bela, já não podia ajudar ninguém. Estava desolada e arrependida; frágil e à mercê de todas as tentações. Mesmo assim conseguiu resistir à tentação da rainha das fadas más e não aceitou as asas que esta lhe queria dar. Oriana não queria ser má. Oriana queria ser boa. E foi o seu arrependimento e bondade que lhe devolveram a magia e o encantamento de voltar a ter asas e uma varinha de condão.

Sophia de Mello Breyner Andresen ( 1919-2004)

   Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto, em 1919, no seio de uma família aristocrática. A sua infância e adolescência decorrem entre o Porto e Lisboa, onde tirou o curso de Filologia Clássica.
   Após o casamento com o advogado Francisco Sousa Tavares, fixa-se em Lisboa, passando a dividir a sua actividade entre a poesia e o activismo cívico contra a ditadura de Salazar.
   As duas actividades não são, no entanto, separáveis: se por um lado é sócia fundadora da "Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos", a poesia ergue-se também como uma voz da liberdade, especialmente em O Livro Sexto.
   A sua intervenção cívica é uma constante, mesmo após a Revolução de Abril de 1974, tendo sido Deputada à Assembleia Constituinte pelo Partido Socialista.
  Profundamente, mediterrânica na sua tonalidade, a linguagem poética denota, para além da sólida cultura clássica da autora e da sua paixão pela cultura grega, a pureza e a transparência do signo na relação da linguagem com as coisas, a luminosidade de um mundo onde intelecto e ritmo se harmonizam na forma melódica, perfeita, do poema. Luz, verticalidade e magia estão, aliás, sempre presentes na obra de Sophia: quer na obra poética quer na importante obra para crianças que, inicialmente, destinada aos seus cinco filhos, rapidamente, se transformou num clássico da literatura infantil em Portugal, marcando sucessivas gerações de jovens com títulos como O Rapaz de Bronze, A Fada Oriana ou A Menina do Mar.
  A sua actividade literária pautou-se sempre pelas ideias de justiça, liberdade e integridade moral. A depuração, o equilíbrio e a limpidez da linguagem poética, a presença constante da natureza, a atenção permanente aos problemas e à tragicidade da vida humana são reflexo de uma formação clássica durante a juventude.
  Colaborou na revista Távola Redonda e conviveu com nomes da literatura e cultura portuguesas, como Miguel Torga, Ruy Cinatti, Jorge de Sena e Vieira da Silva.



O feiticeiro de Oz

  Os alunos do 2º Ano, neste 3º período, ficaram a conhecer um clássico da literatura, O feiticeiro de Oz.
  Após a leitura e exploração de alguns capítulos da obra, os alunos elaboraram um livrinho com os resumos desses capítulos e respectivas ilustrações.

  Para quem não conhece, fica aqui um pequeno resumo da história que tem vindo a encantar décadas de miúdos e graúdos...


  Era uma vez uma menina chamada Doroteia que tem um amigo inseparável, o seu cão Totó que vive com uma tia desde que perdeu os seus pais. Há uma ligação muito forte entre a menina e o seu cão. Sentindo que poderia perder o seu querido amigo, sozinha e incompreendida, a menina insiste em fugir de casa para um lugar diferente, onde a fantasia seja possível e as histórias têm um final feliz.
 Quando o desejo de Doroteia se realiza ela é levada por um furacão em rodopio até uma terra encantada chamada Cidade Esmeralda.
 Neste lugar, encontra novos amigos: um Espantalho, que procura inteligência, um Homem-de-Lata que gostava de ter coração e um Leão que precisa de coragem para enfrentar os perigos da selva.
 Doroteia acaba por querer voltar a casa, mas só o maravilhoso e temível Feiticeiro de Oz, que todos respeitam mas ninguém vê, a pode ajudar. No entanto, a pequena vai ainda encontrar a Bruxa Má, que a tenta impedir de regressar. Mas a bruxa boa do Norte abre caminho à menina pela Estrada dos Tijolos Amarelos e o segredo está nos sapatos de rubi, com poderes mágicos, que oferece a Doroteia.
 E assim começa a jornada da pequena com os seus novos amigos até à Cidade Esmeralda, cheia de peripécias, bruxas e muita magia...